sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Um Querer

Fui criança, fui um jovem, um bom moço. Eu cresci comendo o osso, e da carne eu sei de vista. Nem o último, nem da sorte o bafejado, olhei pra trás e vi estrada, olhei pra frente e tinha gente. Muita.

Não invejo quem tem sorte. Só desejo ser um forte, ter a coragem de poder lutar, remover os empecilhos. A todo o dia eu dar boas-vindas, sorrir e encarar...

Não é muito querer.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Não me roubem os meus sonhos

Devolvam! Todos eles, intactos, os meu sonhos, os meus planos, tantos anos de esperança, aguardando o melhor. Onde foram esses sonhos, escondeu-se a esperança? Devolvam minhas quimeras, as minhas tantas primaveras, os invernos e verões infernais, os outonos e as primaveras.

Quero todos, quero plenos, quero os anos dessa espera, que agora vejo em vão. Quero a vida que passou, esperando ser melhor. Quero as lutas, os consolos, quero o sono perdido, o desejo esquecido, quero tudo o que perdi.

Mudam o fim dessa estrada, deslocam o ponto de chegada. Continua a caminhada pra quem pode ainda andar. Eu andei quanto podia, minha vida está vazia, já cansei desse esperar...
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© 2007 - Ronaldo Souza

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Sarcástico

Num outro blog uma amiga diz que sou muito ácido, sarcástico, quando escrevo criticando as coisas no país, o povo e seus costumes. Talvez ela não tenha notado alguns detalhes, um deles é que não falo dos outros, falo de nós, me incluo no grupo que critico. Não sei se isso muda muito o ponto de vista, apesar de me incluir continuo a ser sarcástico, eu sei.

Costuma chamar-se de imprensa chapa branca aquela que não fala mal do governo, ao contrário, que o bajula para estar sempre "de bem" com os poderosos. Transferindo isso para o povo em geral, não sei qual o nome adequado, ou na falta dele, qual o nome que deveria ser dado ao jornalista que bajula o público em geral? Chapa amarela? Puxa-saco?

É mais fácil escrever puxando o saco de gregos e troianos, isto é, não ficando mal com ninguém, sempre é mais fácil. Dizer que os brasileiros somos um povo responsável, cívico, trabalhador, mas infelizmente isso é mentira, não somos assim. Ao contrário, gostamos de levar vantagem em tudo, achamo que as leis existem só para os outros, somos um povo pequeno na estatura moral. Essa é a verdade.

Não fosse assim já teríamos deslanchado, o Brasil seria outro país.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Polêmica!

Eu sou favorável a mais ampla liberdade de expressão. Isso não quer dizer que não haja limites, vivendo em comunidade, a liberdade de um não pode ferir os direitos dos outros. Eu sou favorável a mais ampla liberdade de expressão, desde que não fira os direitos dos outros. A isso se dá o nome de liberdade responsável.

Eu posso falar ou me expressar de qualquer maneira que eu ache que deva, desde que eu assuma a responsabilidade pelo que eu digo, pelo que eu faça. Existe e inexiste polêmica no assunto, simples assim. Polemizar o assunto é querer ter mais direitos do que os outros; querer não assumir responsabilidade pelo que faz.

P.S.: Saber como se pode chocar ou atingir os outros todos sabem, se muitos não o fazem é por respeito. Aparecer a qualquer custo é justo?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Oscar?

Falar do Oscar? Talvez seja uma pedida, o cinema é uma manifestação cultural que suscita tantas paixões, tantas polêmicas. O que posso dizer? Que "Pequena Miss Sunshine" merecia ter ganho mais prêmios? Não ganhou, ficou com o de melhor ator coadjuvante para Alan Arkin, com o de roteiro adaptado.

A rigor, os melhores não concorrem ao Oscar. Hollywood sabe tudo de multidões, sabe tudo de milhões, de megaproduções e sabe pouco de arte. Não são coisa que se excluem? Ou são? O que é popular não é bom... o que é bom não é popular... coisas de um povão inculto, defeitos da massa.

Scorsese? Mais do que na hora de ganhar, desde Touro Indomável, Os Bons Companheiros, etc.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Deixa disso!

Esse "deixa disso" é um acusativo, eu sou o alvo dele. Devo deixar de ser tão exigente, ou crítico com tudo. O "isso", ter muita autocrítica, acaba por dificultar - e muitas vezes por impossibilitar - a criação de qualquer texto nos meus blogs. Nunca nada está suficientemente bom para ser publicado!

Agora mesmo estava procurando uma imagem para colocar junto de um texto. Resultado: uma hora perdida procurando - e não encontrando - por algo que me satisfizesse; sem a imagem, desisti do texto. Um texto perdido... uma hora perdida...

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Presentes

Um abraço bem apertado! É o presente que mais gostei nesse ano novo. São dessas coisas que deixam uma marca invisível, coisas sensíveis que fazem bem a nossa alma. Levarei comigo pelos dias do ano novo esse abraço, esse enlace fraterno, esse sincero: "Leva esse pouco de mim, amigo, nos cantos aonde tu fores".

São coisas que a gente não esquece mais, demonstrações de amizade, que carregaremos com saudade cá dentro do peito!